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Especialista faz alerta para a saúde feminina e aborda como problemas vaginais não devem ser tratados com tabu
Falta de conhecimento e constragimento são as principais causas da negligência com a saúde feminina
date_range04/04/2022 às 17:20

Foto: Ilustrativa

Secura, queimação, coceira, desconforto, dor e sangramento durante relações sexuais. Esses são os sintomas da atrofia vaginal, também conhecida como vaginite atrófica - resultado da falta de produção de estrogênio (hormônio feminino), que causa o afinamento e a inflamação das paredes vaginais. É uma condição comum que afeta, no Brasil, aproximadamente 56%[1] das mulheres na pós-menopausa, período após a interrupção natural da menstruação.

A boa notícia é que existe tratamento, e quanto mais cedo é feito o diagnóstico, melhores são os resultados. A notícia preocupante é que muitas mulheres desconhecem a condição e ainda optam por não falar sobre os sintomas, sofrendo silenciosamente e, consequentemente, perdendo a qualidade de vida.

Assim como a menstruação, a pós-menopausa é um processo natural de envelhecimento do corpo e apesar de ser inevitável, as mudanças que a acompanham não devem interferir na autoestima e qualidade de vida das mulheres. Para isso, o acompanhamento de um profissional de saúde é imprescindível. "O diálogo entre a paciente e o médico é essencial. É preciso relatar qualquer evento ou mudança sentida, de normal a anormal, para ajudar no diagnóstico da condição, que é constada por meio de análise clínica e exames vaginais. É notável o número de mulheres que não percebem que esse problema está relacionado a menopausa ou a falta dos hormônios femininos, e não reportam ao médico", reforça o ginecologista Luciano Pompei.

Os diversos tratamentos existentes ajudam a devolver a segurança, confiança e autoestima das mulheres. Entre eles, lubrificantes vaginais sem ingredientes hormonais ativos, hormônios na forma de creme vaginal ou óvulos e comprimido de estradiol, lançado recentemente. Administrado via intravaginal, a terapia proporciona uma liberação gradual e controlada da substância (um tipo de estrogênio que o corpo produz) nas células da mucosa vaginal. "A facilidade da resolução do problema deve servir de incentivo quanto ao diálogo entre as mulheres. Negligenciar a saúde vaginal pode causar traumas tanto físicos, quanto psicológicos", finaliza Pompei.



Sobre
João Boaventura Neto, um jornalista que deixa um importante legado para a comunicação cearense. Passando por diversos veículos de comunicação da região, o Boaventura sempre responsável e atento às informações, tinha consciência do amor pelo jornalismo e a produção no Blog do Boa. Será eterno em nossos corações. Saudades!