De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento na Amazônia em 2021 foi o maior em 14 anos, um aumento de 29% em relação ao ano anterior.
A região perdeu 10.362 km² de floresta primária, o equivalente à metade do estado de Sergipe. Quase metade (47%) dos danos ocorreram em florestas públicas federais. Uma das razões apontadas pelos especialistas é que órgãos ambientais como o Ibama têm visto menos operações e multas desde 2019.
"A gente tem observado alguns fatores, que inclui a redução na fiscalização, principalmente pelo Ibama, que vem desde 2019. Tem também a aplicação de sanções administrativas pelo Ibama, que vem reduzindo. Isso cria um efeito de impunidade”, afirma Carlos Souza Júnior, pesquisador o Imazon.
Na semana, o presidente Jair Bolsonaro, comemorou uma redução de 80% nas multas no setor em um evento do Banco do Brasil voltado para o agronegócio. "Paramos de ter grandes problemas com a questão ambiental, especialmente no tocante à multa", anuncia Bolsonaro.
Ele concede o resultado a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que saiu após ser acusado de proteger madeireiros ilegais.