Após o Ministério da Saúde incluir as crianças de 5 a 11 anos no Programa Nacional de Imunização (PNI) contra Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro volta a atacar tanto a vacina infantil quanto a Anvisa, a qual liberou a vacinação pediátrica no dia 16 de novembro. Em sua live semanal, Bolsonaro acusa a Anvisa de ser “dona da verdade” e reafirma que não vai vacinar sua filha Laura, de 11 anos.
"Pai e mãe, você que tem filho de 5 a 11 anos: a vacina (contra a covid-19) não é obrigatória. Eu adianto a minha posição: a minha filha de 11 anos não será vacinada. Se você quer seguir o meu exemplo, tudo bem; se não quer, é direito seu. Você pode vacinar seu filho tão logo essas vacinas da Pfizer sejam disponibilizadas", disse Jair Bolsonaro, durante live.
"Anvisa agora virou... Não vou comparar com um Poder aqui no Brasil, mas virou outro Poder. É a dona da verdade em tudo", reclamou Bolsonaro.
O Ministério da Saúde registre pelo menos 300 óbitos nessa faixa etária desde o início da pandemia, cerca de uma criança morta a cada dois dias, Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, segundo dados da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19.
O artigo 14 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz que “é obrigatório a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.