Até o dia 4 de dezembro, foram notificados 67.762 casos de síndrome respiratória aguda grave no Sivep-Gripe. Dos casos investigados em pacientes internados:
3 foram confirmados como influenza (1 foi classificado como influenza A não subtipado)
1 como influenza A (H3N2)
1 caso como influenza B
De acordo com a nota técnica divulgada pela Sesa:
Síndrome Gripal (SG)
Indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: Febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos.
Em crianças: além dos itens anteriores, considera-se também obstrução nasal, na ausência de outro diagnostico especifico.
Em idosos: devem-se considerar também critérios específicos de agravamento, como síncope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência. Na suspeita da Covid-19, a febre pode estar ausente e sintomas gastrointestinais (diarreia) podem estar presentes.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
Os indivíduos de qualquer idade podem apresentar falta de ar; pressão ou dor presente no tórax; coloração azulada dos lábios ou rosto. Todos os pacientes internados ou óbitos por SRAG devem ser notificados no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).
A seguir, entenda as principais diferenças entre os 4 tipos de influenza: A, B, C e D e seus subtipos.
Influenza A (H1N1)
O subtipo H1N1 da influenza é um dos mais conhecidos e também é o que já possui vacina. Essa é a variação de vírus da gripe responsável por causar a gripe suína.
De modo geral, a H1N1 é um subtipo forte que possui potencial para complicações e, inclusive, óbito. O vírus é transmitido por meio do contato com secreções de uma pessoa que esteja infectada. Dentre os sintomas mais comuns estão febre; tosse; coceira, dor de garganta, dor muscular; falta de ar e diarreia.
Influenza A (H7N9)
O subtipo H7N9 também é conhecido por causar a gripe aviária. Também é uma variação forte, que pode causar complicações respiratórias severas. O primeiro caso em humanos foi descrito, na China, no ano de 2013. Os sintomas incluem febre, tosse e falta de ar, que pode evoluir para pneumonia. Até o momento, não existe vacina para a gripe H7N9.
Influenza A (H2N3)
O subtipo H3N2 é um dos mais comuns em questão de gripe e resfriados. Possui transmissibilidade e sintomas similares aos da Covid-19: febre, tosse e cansaço. Contudo, a diferença principal entre os dois vírus é a intensidade dos sintomas que, no caso da H2N3, podem ser mais incisivos nas primeira 48 horas. O subtipo H2N3 possui imunizante, mas que não tem a mesma efetividade contra a nova cepa.
Influenza B
Influenza B é a gripe causada pelo influenzavírus B, causando inflamação nas vias respiratórias superiores, febre, tosse e dor de cabeça. Assim como em outros tipos de gripe, a influenza B também pode apresentar complicações, como pneumonia. As únicas espécies que se sabe serem infetadas pelo vírus são os seres humanos e as focas. Não existe tratamento específico para a influenza B.
Influenza C
O Influenzavirus C é um gênero da família de vírus Orthomyxoviridae que provoca a gripe. Esse tipo infecta seres humanos e porcos. A gripe do tipo C é rara quando comparada com os demais, mas pode ser igualmente grave e provocar epidemias locais.
Influenza D
A influenza D afeta apenas suínos e bovinos, não tendo histórico de casos em humanos.
Fonte: O Povo