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Brasil volta a ter a maior taxa de juros real do mundo
A última vez que o Copom tinha aumentado a Selic em mais de 1 ponto porcentual foi em dezembro de 2002, quando a taxa passou de 22,00% para 25,00%
date_range29/10/2021 às 09:20

Divulgação

Pressionado pela escalada incessante da inflação e pela manobra do governo para alterar a regra do teto de gastos – rompendo assim a âncora fiscal do País -, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acelerou novamente o ritmo de elevação da Selic (a taxa básica de juros) nesta quarta-feira, 27, com alta de 1,50 ponto porcentual, de 6,25% para 7,75% ao ano.

Com o último movimento de aperto monetário, o Brasil voltou a ter a maior taxa de juros real (descontada a inflação) do mundo, considerando as 40 economias mais relevantes. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que o juro real brasileiro está agora em +5,96% ao ano. Na segunda e terceira posições, aparecem a Rússia (4,77%) e a Turquia (3,46%). A média dos 40 países considerados é de -0,96%.

A última vez que o Copom tinha aumentado a Selic em mais de 1 ponto porcentual foi em dezembro de 2002, quando a taxa passou de 22,00% para 25,00%.

O movimento desta quarta-feira foi o sexto aumento consecutivo dos juros, após o BC cortar a taxa básica à mínima histórica (2,0%) em meio à pandemia de Covid-19. Nas cinco reuniões anteriores, o BC havia subido a taxa em 0,75 p.p. em três ocasiões e em 1 p.p. nos encontros de agosto e setembro.

Com a decisão de hoje, a Selic está no maior patamar desde outubro de 2017, quando estava em um ciclo de afrouxamento após alcançar 14,25% em meio à crise de 2015 e 2016.

É, portanto, o maior nível dos juros básicos da economia do governo Bolsonaro. Quando o presidente chegou ao poder, a taxa Selic estava em 6,50%.

Para a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a decisão de elevar para 7,75% a taxa básica de juros foi importante diante da necessidade de controle do processo inflacionário no Brasil. “Com essa medida, será possível estabilizar os juros futuros de longo prazo, condição essencial para o crescimento econômico do País, do setor e para a geração de empregos.”

Fonte: FCDL CE



Sobre
João Boaventura Neto, um jornalista que deixa um importante legado para a comunicação cearense. Passando por diversos veículos de comunicação da região, o Boaventura sempre responsável e atento às informações, tinha consciência do amor pelo jornalismo e a produção no Blog do Boa. Será eterno em nossos corações. Saudades!