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Sedentarismo: estudo aponta que 31% dos brasileiros não praticam nenhum exercício
No dia do profissional de Educação Física, personal dá dicas de como iniciar atividades
date_range01/09/2021 às 10:00

Divulgação

O sedentarismo é um fator de risco para diversas doenças, como a obesidade, hipertensão, problemas cardíacos e de coluna. Um estudo internacional aponta que 31% dos brasileiros não praticam nenhum exercício físico ou esportes em equipe e coloca o país como o menos ativo fisicamente em um ranking de 29 países.

A pesquisa “Global views on sports and exercise” ou Visões globais sobre esportes e exercícios, realizada pela Ipsos, revela que no Brasil os homens passam 3,4 horas por semana se exercitando e as mulheres, 2,7. A média geral de três horas é a menor entre os países avaliados.

Nesta quarta-feira, 1 de setembro, é comemorado o Dia do Profissional de Educação Física. Para o personal trainer, Luan Vieira, essa quantidade é considerada mínima, dependendo da intensidade do exercício. “A OMS recomenda que os adultos façam atividade física moderada de 150 a 300 minutos por semana ou 75 a 150 minutos de atividade física intensa. Esses valores podem ser ultrapassados”, destacou.

Segundo o estudo, o maior obstáculo citado para uma maior participação em todos os países é a falta de tempo: 37% dizem que isso é uma barreira. Em seguida, a falta de dinheiro (18%) e o clima ser muito quente ou muito frio (17%). Pouco mais de um em cada cinco afirma que não há barreiras para sua participação no esporte (22%).

"Os hábitos contemporâneos contribuem muito para o sedentarismo. É muito comum as pessoas passarem muito tempo no celular, nas redes sociais, TV e jogos eletrônicos e afirmarem que não praticam atividade física por falta de tempo. Buscam motivos para justificar a procrastinação”, acrescentou Luan.

Países que menos praticam exercícios físicos:

• Brasil (3,0);

• Japão (3,3);

• Itália (3,6);

• Chile (3,7);

• França (3,7).


Perigos do sedentarismo

De acordo com o profissional, são muitos os riscos que o sedentarismo pode acarretar. “A obesidade, que tem estatísticas alarmantes e traz consigo outras comorbidades, como hipertensão, diabetes, problemas cardíacos em geral, respiratórios, articulares, musculares e ósseos. É frequente ver pessoas com problemas na coluna, ombros, joelhos. Isso tudo poderia ser prevenido com a prática regular de atividade física”, apontou.

A pesquisa revela que 53% dos brasileiros ouvidos afirmaram que gostariam de praticar mais esportes e exercícios. Luan ressalta que é importante buscar hábitos saudáveis, começando com o básico. “Uma caminhada, corrida, ciclismo. Recomendo um treinamento de força, como a musculação, seja em academia, treinamento funcional, crossfit, grupos de assessoria. O ponto-chave para mudar os hábitos é manter a constância e muito importante: buscar um profissional de educação física para ser devidamente orientado”, concluiu.

A empresária Gervânia Marinho decidiu trocar o sedentarismo por uma rotina de atividade regular e acredita que estímulo é fundamental. “A principal mudança para mim foi o bem-estar, porque sempre procuro fazer atividade que gosto e junto de pessoas que me sinto bem ao lado, ou seja, virou uma terapia mesmo. Descubra que tipo de atividade você gosta, acompanhe pessoas que te estimulem e sempre coloque aquela música que te deixa animada. Esquecer um pouco o resultado e focar primeiro na sensação boa que isso pode causar”.

Sobre a pesquisa

A Ipsos entrevistou em sua plataforma online Global Advisor um total de 21.503 adultos de 18 a 74 anos nos Estados Unidos, Canadá, Malásia, África do Sul e Turquia, e de 16 a 74 anos em 24 outros países entre 25 de junho e 9 de julho de 2021.

Aproximadamente 1.000 pessoas participaram em cada país, por meio do Painel Ipsos Online. Os resultados da pesquisa para o Brasil devem ser vistos como refletindo os pontos de vista do segmento mais “conectado” da população.

 



Sobre
João Boaventura Neto, um jornalista que deixa um importante legado para a comunicação cearense. Passando por diversos veículos de comunicação da região, o Boaventura sempre responsável e atento às informações, tinha consciência do amor pelo jornalismo e a produção no Blog do Boa. Será eterno em nossos corações. Saudades!