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Próximo desafio do Hub Tecnológico do Ceará é se tornar um agregador de conteúdo
Desafio do cluster tecnológico será atrair mais serviços e conseguir melhores condições fiscais para os desenvolvedores de software
date_range18/11/2020 às 14:20

Ilustrativa

O Ceará está hoje em uma posição superior aos demais estados brasileiros em termos de conectividade. O incentivo do governo do estado nos últimos 10 anos, capitaneado pela ETICE, elevou o padrão digital da região a patamares hoje comparáveis aos de cidades digitais dos Emirados Árabes e do Japão. 

Entretanto, o momento ainda pede desafios à frente. “A Angola Cables escolheu o Ceará para investir não apenas por conta da posição geoestratégica privilegiada que dispõe, mas principalmente pela infraestrutura já estabelecida. Foi um cálculo muito bem sucedido da multinacional. Estamos em um dos mais importantes cinturões digitais do mundo, o que vem contribuindo em larga medida para o nosso negócio”, afirma Victor Adonai Costa, diretor regional da Angola Cables no Brasil.

“Acabamos de fechar uma nova parceria com a Ciena e ampliamos a capacidade do cabo Monet em 2 terabytes, gerando mais disponibilidade e mais serviço agregado aos nossos clientes, lembrando que segundo a Anatel, das vinte maiores empresas de tecnologia do país, cinco estão no Ceará”, completou Cleyton do Carmo, líder comercial da empresa.

Até 2014 o governo do estado, do ponto de vista das telecomunicações, se posicionou como uma operadora voltada para atender clientes do setor público. A partir de 2015, levou à frente um processo de concessão a empresas de telecom privadas, para implementarem fibra óptica terrestre em todo o estado. 

Por conta dessa infraestrutura, cerca de 500 pequenas empresas de tecnologia surgiram, empregando mão de obra qualificada e gerando cerca de R$ 1 bilhão de reais por ano. Em 2017, a ETICE fomentou o desenvolvimento de toda uma indústria de serviços; lançou edital para buscar apoio entre as maiores empresas de tecnologia do mundo e hoje, gigantes como Google, Amazon e Microsoft são parceiras comerciais do governo no desenvolvimento de soluções para o setor público do Ceará e para os demais estados da federação.

“O estado tem hoje 16 cabos submarinos conectados e uma facilidade imensa de comunicação com o resto do mundo. Temos infraestrutura para desenvolver mais Data Centers e, principalmente, tornar a região um exemplo de empresas no desenvolvimento de conteúdo. Mas a carga tributária elevada continua como um dos principais entraves do desenvolvimento. Levar backbone / backhaul mais longe nesse sentido é sempre um problema”, analisa Adriano Marques, da Wirelink, uma das principais operadoras de conectividade do estado.

Sobre Angola Cables

A Angola Cables é uma multinacional do sector das TIC´s com soluções diferenciadas de conectividade para o segmento wholesale e corporate. Com uma infraestrutura de transporte robusta e rede IP altamente interconectada a Angola Cables providencia acesso aos maiores IXP´s, Operadores Tier I e Provedores de conteúdo globais.

Através dos sistemas de cabos submarinos SACS, Monet e WACS conectamos as Américas, África e Europa assegurando ligações para a Ásia via parceiros. 

Gerimos o Data Center Tier III AngoNAP Fortaleza (Brasil) e o AngoNAP Luanda (Angola) bem como, o PIX e o Angonix, um dos maiores Internet Exchange Points de África. Providenciamos serviços digitais para múltiplas indústrias e uma oferta customizada em recursos de cloud e gaming.



Sobre
João Boaventura Neto, um jornalista que deixa um importante legado para a comunicação cearense. Passando por diversos veículos de comunicação da região, o Boaventura sempre responsável e atento às informações, tinha consciência do amor pelo jornalismo e a produção no Blog do Boa. Será eterno em nossos corações. Saudades!