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Disponível nos postos de saúde, vacina contra raiva é segura e eficaz contra a doença
O contágio ocorre por meio de mordida, lambedura ou arranhadura de mamíferos
date_range26/05/2023 às 08:49

Foto: Rodrigo Carvalho

Após ser agredido por um animal de rua, é natural se preocupar com a possibilidade de ter sido infectado por raiva – a doença infecciosa viral aguda chama a atenção pela sua alta taxa de letalidade, próxima de 100%.

O contágio ocorre por meio de mordida, lambedura ou arranhadura de mamíferos. Além de cães e gatos, animais como cavalos, porcos, bois, morcegos e saguis também podem transmitir a doença.

No atual cenário epidemiológico da raiva no Brasil, observa-se a redução dos casos de raiva humana provocados pelas variantes caninas do vírus e a manutenção da cadeia de transmissão da doença com casos provocados por variantes virais de origem silvestres, como morcegos e canídeos selvagens, a exemplo da raposa.

Prevenção

Apesar de bastante grave, a infecção pode ser evitada com a adoção de algumas medidas simples. Após ser agredido por um animal, a primeira conduta deve ser lavar o local da lesão com água e sabão, a fim de remover quaisquer sujeiras, incluindo saliva contaminada.

Logo em seguida, a pessoa deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima. Durante o atendimento, um profissional de saúde irá avaliar o caso e indicar a profilaxia adequada, conforme a gravidade da lesão e o tipo de animal que causou o ferimento.

Profilaxia pós-exposição

Segundo a coordenadora de Imunização da Sesa, Ana Karine Borges, a vacina é indicada para quem sofreu arranhadura ou mordedura de animal desconhecido (cão e gato) — não passível de observação ou com sinais sugestivos de raiva —, animais silvestres, mamíferos de produção (como cavalos, bois e porcos) e morcegos.

O esquema de vacinação antirrábica pós-exposição é composto de quatro doses, ministradas durante duas semanas. "Para qualquer esquema de profilaxia pós-exposição em que há indicação da vacina, é imprescindível a administração do insumo de forma imediata e oportuna, além do cuidado em completar o esquema", enfatiza Borges.

Já o soro antirrábico é recomendado para acidentes graves causados por animais mamíferos com alto risco para transmissão do vírus da raiva. Esse imunobiológico costuma ser administrado em combinação com a vacina antirrábica, em até sete dias após a primeira dose do imunizante.

Segundo a infectologista Christianne Takeda, a vacina ajuda o organismo a produzir proteínas especiais chamadas anticorpos, que combatem o vírus caso a pessoa tenha sido exposta a ele. "Já o soro fornece anticorpos que podem ajudar a combater o vírus antes mesmo que o corpo tenha tempo de produzir os seus próprios anticorpos", explica.

Após esse período, a vacina realizará a proteção devida. 



Sobre
João Boaventura Neto, um jornalista que deixa um importante legado para a comunicação cearense. Passando por diversos veículos de comunicação da região, o Boaventura sempre responsável e atento às informações, tinha consciência do amor pelo jornalismo e a produção no Blog do Boa. Será eterno em nossos corações. Saudades!