Presidente do Icasa renuncia após 19 meses a frente do clube juazeirense. Major Agra deixou o clube nesta quarta-feira (5) em reunião no Paredão, sede do time alviverde.

Ele assumiu o Icasa, em novembro de 2016, em meio a dívidas adquiridas em outras gestões. 

Na presidência de Agra, o Verdão do Cariri disputou por duas vezes a segunda divisão do campeonato cearense. Na segunda, já neste ano, ficou nas semifinais que disputou com o Barbalha.

Valdenor Agra emitiu comunicado oficial sobre a sua decisão. Leia na íntegra. 

Eu, Valdenor Granjeiro Agra Filho, RG:113321-1-0, Servidor público estadual, comunico a minha RENÚNCIA o cargo de Presidente Executivo da Associação Desportiva e Recreativa e Cultural ICASA, para o qual fui eleito e tomei posse em 11 de novembro de 2016.

Eu sabia que os problemas a enfrentar eram gigantes, mas acreditava que milhares de torcedores como eu se juntariam a essa missão e os problemas se tornariam pequenos diante da imensidão da torcida. 

Infelizmente não consegui o planejado e hoje sozinho, cansado e desmotivado tenho como única opção passar o comando a outro guerreiro a fim de manter vivo esse time tão amado. Ainda sonho o Icasa seguindo o exemplo da Chapecoense, na série A do Brasileirão e na Libertadores da América.

Deixo a Presidência do ICASA pois preciso chegar mais cedo em casa. Meu filho de 5 anos me espera para estudar e brincar comigo. Preciso ficar tempo mais em casa e namorar mais minha esposa. Preciso obedecer aos meus médicos e me afastar da Presidência do Icasa, para cuidar mais de mim, diminuir o estresse e frequentar uma academia.

Quero que meus pais, familiares e amigos leiam, escutem, assistam a comentários sobre o Icasa e não fiquem tristes com críticas e mentiras injustas ao ente querido, que deu parte de sua vida para salvar o seu time da morte, mesmo contra o conselho e vontade de todos que o amam.

Quero voltar a ser somente o Major PM Agra, que servindo e protegendo o povo, sempre recebeu agradecimentos e elogios que o motivavam a seguir em frente em sua jornada.

Quero ter tempo para escrever essa história no capítulo do livro da minha vida. Batalhas vencidas, outras não, mas no fim me tornando mais forte e com o sentimento de dever cumprido. Milhares de pessoas são testemunhas que eu as procurei, de que eu batalhei e se não chegamos aonde queríamos é por que o caminho é muito longo e precisamos ser substituído.

E por fim. Ficamos apenas a uma vitória do nosso objetivo. Vencemos o Aliança, Limoeiro, Ceará, Tiradentes, Maracanã, Caucaia, Itapipoca, Barbalha. Quero dedicar essas vitórias a todos que apoiaram de uma forma ou de outra. Não agradeci pessoalmente devido ao cansaço que me abateu. O MEU CORAÇÃO É ETERNAMENTE GRATO. ESTAREI SEMPRE A DISPOSIÇÃO. 

A FÉ NOS CONDUZ A VITÓRIA. AINDA HÁ FÉ. AINDA HÁ ESPERANÇA. AINDA HAVERÁ VITÓRIA.

Foto: Samuel Macedo/Cariri Revista