Prevista para a próxima terça-feira, a leitura do relatório final de Renan Calheiros (MDB-AL) na CPI da Pandemia foi adiada em pelo menos um dia, e sua votação foi jogada para a terça da semana que vem. A decisão do presidente Omar Aziz (PSD-AM) se deveu à divergência na cúpula da comissão sobre temas como tipificação de crimes do presidente Jair Bolsonaro e a proposta de indiciamento de todos os seus filhos com mandato. "Tem muita divergência ainda, precisamos discutir. Em relação a indiciamento, tipificação de crime. A ideia é uma semana de vista”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE). Mesmo senadores oposicionistas não concordam, por exemplo, com o indiciamento de Bolsonaro por “genocídio de povos indígenas" e na inclusão do também senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no relatório. Eles acham que não há indícios fortes contra ele, diferentemente de seus irmãos, o vereador carioca Carlos (Republicanos) e o deputado Eduardo (PSL-SP). (Folha)
Qualquer que seja a versão final, não há dúvida de que o relatório será duro. O documento vai sustentar que o governo, a começar por Bolsonaro, agiu de forma dolosa ao assumir situações de risco, expôs vidas a perigo concreto e não tomou deliberadamente medidas que estavam a seu alcance para reduzir o impacto da covid-19. (Estadão)
Na reta final, Renan diz ter mudado seu relatório pelo menos dez vezes para aparar arestas. Ao que tudo indica não foi o suficiente. (Globo)
As palavras mais ditas, as interrupções, os bate-bocas. Confira os números da CPI. (Metrópoles)